O vício em videogames e outros tipos de jogos eletrônicos recebeu um diagnóstico oficial nesse sábado (25). O novo relatório divulgado pela OMS – Organização Mundial da Saúde – classificou o vício em questão como um dos problemas de saúde mental que constam na 11ª Classificação Internacional de Doenças (CID). Confira abaixo todas as considerações feitas para o tema:
Veja também:
Identificação
6C51 – Distúrbio causados por jogo
Descrição
O transtorno do jogo é caracterizado por um padrão de comportamento persistente ou recorrente dessas atividades (videogames ou qualquer tipo de jogo digital), que pode ser online ou offline, sendo manifestado por:
- Descontrole do ato (por exemplo, início, freqüência, intensidade, duração, término, contexto);
- Prioridade crescente dada ao jogo, na medida em que o mesmo tenha precedência sobre outros interesses de vida e atividades diárias;
- Continuação ou escalonamento de jogar independente da ocorrência de consequências negativas. O padrão de comportamento é de severidade suficiente para resultar em problemáticas significativas na vida pessoal, social, familiar e ocupacional, ou outras áreas importantes de funcionamento.
O padrão de comportamento de jogo pode ser contínuo ou episódico e recorrente. O comportamento de jogo e outras características são normalmente evidentes durante um período de pelo menos 12 meses para que um diagnóstico seja atribuído, embora a duração necessária possa ser encurtada se todos os requisitos de diagnóstico forem cumpridos e os sintomas forem severos.
Exclusões
Todavia, o apontamento feito pelo órgão da ONU só classifica o problema, não sendo de sua competência dar indicações de como diagnosticar, tratar e medicar. Ainda segundo o órgão, o mal atinge cerca de 3% dos gamers. Assim, a classificação tem como intuito ajudar os governos, pais e autoridades médicas a identificar os riscos e tomarem providências cabíveis.
A medida já havia sido anunciada em janeiro, contudo, ainda não tinha sido publicada. Assim, o vício em videogames entra oficialmente para o sistema de alertas da OMS, que conta atualmente cerca de 55 mil registros sobre doenças, lesões e causas de morte.